
As crianças eram violadas e forçadas a manter relações sexuais entre si. A mãe foi libertada depois de confessar os crimes e assumir ter sido vítima de abuso em criança.
Os abusos sexuais começaram muito cedo, poucos anos depois de os menores nascerem. Quase todos os dias, os três irmãos – actualmente a menina tem 9 anos e os rapazes 11 e 13 – eram violados pelos pais. Em outras ocasiões eram obrigados a ter sexo entre si, enquanto o casal assistia. O pai e a mãe foram presos, em Vila do Conde, mas a confissão da mulher, aliada ao facto de ela própria ter sido vítima de abuso em criança, determinaram a sua libertação. O marido vai para a cadeia até ao julgamento. As crianças estão entregues à Segurança Social.
O escabroso caso só ficou conhecido no dia 30 de Abril. Um dos menores denunciou-os na escola a um professor, que avisou imediatamente a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco. A partir daí, a intervenção das autoridades foi exemplar. A CPCJ avisou o Ministério Público que, minutos depois, relatava o caso à Polícia Judiciária do Porto. No mesmo dia, os pais foram presos e as crianças foram protegidas da família.
Ouvidos no Tribunal de Vila do Conde, a juíza foi sensível às explicações da mulher. Confessou integralmente as violações, mas garantiu que ela própria era espancada pelo marido e que o medo a levava a participar nos abusos aos filhos. Além disso, quando era criança, disse ainda a mãe, que foi vítima de abusos. A sua capacidade crítica para os comportamentos do marido estava claramente diminuída.
O marido recusou as acusações e tentou desmentir os três filhos que já tinham falado com as autoridades policiais. As crianças contaram ao pormenor os momentos de terror que viveram e relataram que os actos sexuais eram quase sempre em grupo – pai, mãe e filhos. As crianças contaram ainda que também tiveram sexo entre si e que durante anos acharam que aquele comportamento que lhes era imposto era normal. Era assim que estavam habituados a viver em família, era assim que eram obrigados a viver nas quatro paredes da casa.
O casal e os três filhos viviam há vários anos numa casa bastante humilde, situada em Vila do Conde. Apesar de o casal ter emprego, sempre viveram em dificuldades financeiras e por vezes os menores chegavam a passar necessidades.
Entre os vizinhos e amigos, o casal escondia a todo o custo o que se passava dentro de casa. Embora o casal tivesse muitas carências, para os que os conheciam constituíam uma família normal. Os pais obrigavam ainda os menores a manterem o silêncio sobre os abusos sexuais e avisavam que o que se passava entre eles tinha que ser mantido em segredo. As autoridades não conseguem, no entanto, precisar para já com que idade exacta as três crianças começaram a ser vítimas de abuso, mas segundo os relatos dos menores terá sido bastante cedo, quando ainda eram muito novos.
(in, "Correio da Manhã", 30 de Abril de 2010)
Entre os vizinhos e amigos, o casal escondia a todo o custo o que se passava dentro de casa. Embora o casal tivesse muitas carências, para os que os conheciam constituíam uma família normal. Os pais obrigavam ainda os menores a manterem o silêncio sobre os abusos sexuais e avisavam que o que se passava entre eles tinha que ser mantido em segredo. As autoridades não conseguem, no entanto, precisar para já com que idade exacta as três crianças começaram a ser vítimas de abuso, mas segundo os relatos dos menores terá sido bastante cedo, quando ainda eram muito novos.
(in, "Correio da Manhã", 30 de Abril de 2010)
2 comentários:
Ouvi de leve esta notícia, mas aqui vi melhor. É lastimante algo assim existir. Sexo entre familiares, ou seja nem sabem mais o que é certo ou errado, é como se tudo fosse livre.
Pelo que vi na notícia do video, a mulher/mae, dizia que o marido nada de mal fazia. Mas depois para a policia já disse que era coagida e que tinha sido vitima de violação enquanto criança. É assim, o facto de ela ter sido vitima de violação nao lhe dá o direito de fazer o mesmo aos filhos, que sairam dentro dela. Se ela amasse os filhos nao permitia isso, por mais que o marido lhe batesse ou sei lá. Não há justificação, eu se fosse mae, e visse isso, passava me e nao sei se nao o matava. Estou a ser sincera, amor de filhos, alguém que sai de dentro de nós é muito valioso. Também nao concordo em tirar a vida de ninguem, mas existem casos e casos.
Para mim os pais nao têm perdao algum. E as crianças precisam de ajuda mesmo, psicologica, para tentar minimizar os danos feitos.
Para mim é revoltante a mãe não ter sido igualmente presa! É mesmo por causa deste tipo de casos e injustiças que quero seguir Direito e ser juíza! Acho impensável uma juíza ter desculpado as atitudes depravadas por parte da mãe partindo do pressuposto de que esta também já tinha sido violada... E daí?! Então, o pai também inventava que tinha sido violado em criança e ficavam os dois à solta, prontos a apanhar outras crianças e a fazer o mesmo! É no mínimo revoltante também que, e no vídeo do post isso vê-se perfeitamente, a mãe (quando questionada pelos jornalistas) diga "o quê querem mais? já me tiraram o marido!". Qual é a mãe que se importa mais com o facto do seu marido ser preso do que lhe terem sido tiradas as crianças, sangue do seu sangue, para irem para uma Instituição?! É que ela não mostra qualquer tipo de arrependimento nem se interessa com os filhos, que nunca mais vai poder ver na vida! Só lhe interessa, preocupa e entristece terem-lhe tirado o marido! ENFIM! DEGRADANTE!
Enviar um comentário