domingo, 6 de junho de 2010

Pensamento da Semana

"Viver é a coisa mais rara do mundo... A maioria das pessoas apenas existe."
Oscar Wilde

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Turismo Sexual e NAMBLA

A Organização Mundial do Turismo (OMT) definiu, em 1995, o turismo sexual como sendo “viagens organizadas, dentro do seio do sector turístico ou fora dele, que utilizam, no entanto, as suas estruturas e redes com a intenção primária de estabelecer contactos sexuais com os residentes do destino”.

Historicamente, as viagens sexuais e a prostituição têm sido muitas vezes associadas. De facto, quando olhamos para a história do turismo podemos verificar, através das ruínas de antigas grandes cidades, que era frequente estas receberem visitantes que se deslocavam até lá unicamente com esse intuito. Já há cerca de dois milénios existiam bairros de prostitutas (muitas delas crianças menores que eram muitas vezes "vendidas" pelos próprios familiares, inclusive pelos próprios pais), constituindo exemplos deste facto as ruínas das cidades de Éfeso (Turquia), Babilónia (Iraque) e Pompeia (Itália).

Ultimamente, o Turismo Sexual tem sido reconhecido como uma das atracções turísticas de vários países do Sudeste Asiático e da América Latina (mais propriamente, nas áreas mais degradadas do Brasil). Imensos grupos de pedófilos organizam, anualmente (ou até mesmo com mais frequência), viagens a determinados locais com vista a ter relações sexuais com crianças que se sujeitam a este tipo de situações em troca de dinheiro, comida ou lugar para dormir ou então, são obrigadas e coagidas a tal.
Assim sendo, uma das associações que defende o Turismo Sexual é a NAMBLA, uma Associação Americana que defende o Amor entre Homens e Meninos (North American Man and Boy Love Association). Por outras palavras, e mais objectivamente, trata-se de uma associação de activismo pedófilo homossexual pouco conhecida nos Estados Unidos da América, com base em Nova Iorque e São Francisco, mas que conta com muitos membros e que, aos olhos da lei, é perfeitamente legal porque apenas promove o "amor" entre adultos e crianças. Entre muitas outras ideias, a NAMBLA opõe-se à ideia de uma idade mínima para uma pessoa ter relações sexuais (idade de consentimento).

As teses defendidas pela NAMBLA, e sua simples apologia, são ilegais em inúmeros países. No entanto, a sua advocacia sexual é garantida nos EUA pelo “First Amendment”. Para os seus críticos a NAMBLA não passa da fachada legal de uma rede de violadores de crianças e pedófilos que traficam técnicas de sedução e pornografia infantil e organizam viagens para promover o sexo ilícito.
Em 2005, uma operação policial do FBI prendeu vários integrantes da NAMBLA que negociavam viagens para o México, a fim de terem relacionamentos sexuais com meninos. Os sete membros da NAMBLA acusados de actos criminosos constituem uma fatia representativa da sociedade americana em geral: um dentista de Dallas, um professor especializado de Pittsburgh, um professor substituto da Carolina do Sul, um faz-tudo do Novo México, um comissário de bordo de Chicago (que também era psicólogo), um operário de fábrica de papel e um treinador particular, ambos da Florida. Foi preso também um pastor protestante. Também foram encontradas pistas que envolviam um padre católico.

domingo, 30 de maio de 2010

Pensamento da Semana

"As pessoas são como arco-íris... Nunca se entendem nas sete cores.
Se se entenderem em três ou quatro, já é bom!"

António Lobo Antunes
(na Grande Entrevista, RTP1, 22-10-2009)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Famosos Vítimas de Violação Sexual

Já vimos que a violação sexual afecta qualquer pessoa, independentemente do seu sexo, raça, idade ou até mesmo, estatuto social. Assim sendo, algumas personalidades famosas, que apesar de nos apresentarem uma “imagem de perfeição”, são/foram vítimas deste flagelo. Por isso mesmo, e em jeito de curiosidade, aqui estão alguns casos de violações sexuais a famosos, que demonstram o quão dura e cruel é esta realidade.


José Castelo-Branco:
A figura pública do jet set português revelou à comunicação social ter sido violado por um homem de 26 anos quando tinha apenas 11 anos. A situação foi de tal modo traum
atizante que o levou a ganhar aversão ao sexo masculino e a, segundo ele, optar por não ter relações homossexuais.

Madonna:
A escritora Lucy O’Brien, numa das suas publicações, afirma que a famosa cantora foi violada sexualmente, aos 18 anos, quando vivia em Nova Iorque. Ela explica que um homem a obrigou a subir a um prédio e a fazer-lhe sexo oral. Este tipo de casos já aconteceu com diversos cantores e/ou actores, em início de carreira, qu
e são violados, principalmente, por alegados empresários ou scouters (pessoas que recrutam pessoas com capacidade de singrar no mundo do espectáculo).

Marilyn Monroe: Acredita-se que tenha sido violada pelo seu caseiro quando tinha apenas 8 anos de idade. No entanto, e devido à sua figura ter-se tornado bastante mediática nos anos XX, afirma-se também que foi alvo de várias assédios sexuais durante a sua vida.

Virginia Woolf: A famosa escritora britânica foi vítima de abuso sexual por parte de dois dos seus irmãos durante a sua infância. Um diagnóstico revela que a escritora sofria de doença bipolar, o que levou a que suicidasse aos 59 anos. É certo que esse seu distúrbio poderá estar, ou não, relacionado com o truama ocorrido na infância mas é certo que contribui para o seu agravamento.


Maya Angelou: Esta célebre poeta afro-americana foi violada aos 7 anos de idade pelo namorado da sua própria mãe. Esta violação sexual teve repercussões muito graves na sua vida, nomeadamente, levou-a a muitos anos de mudez devido ao choque sentido. Porém, Maya afirma que superou o trauma com a ajuda de uma vizinha sua e claro, através da escrita.

Sinead O'Connor: A cantora foi abusada física, sexual e emocionalmente pelos seus próprios pais e é através das suas canções que expressa a dor que sente. Contudo, só recentemente é que teve coragem de falar publicamente acerca da relação abusiva vivida durante a infância.

Pamela Anderson: A famosa actriz e modelo revelou, numa entrevista, que foi violada sexualmente quando era adolescente. No entanto, afirma só se ter lembrado do ocorrido décadas depois, porque, segundo ela, "Eu bloqueei mentalmente o trauma".

Oprah Winfrey: Foi por volta dos 9 anos que começou o calvário de violações sexuais da apresentadora mais aclamada dos EUA. "Fui violada quando tinha 9 anos por um primo, e nunca disse nada a ninguém até ter quase 30 anos. Fui, também, abusada sexualmente por um amigo da família, e depois por um tio. Era uma coisa continuada, tanto que, comecei a pensar que a vida era assim..."


domingo, 23 de maio de 2010

Pensamento da Semana

"Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero."
George Bernanos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Abuso Sexual de Menores

O abuso sexual de menores é uma forma de abuso infantil e diz respeito a qualquer acto sexual abusivo praticado contra uma criança ou adolescente. Embora se pense que o abusador é sempre uma pessoa adulta, há casos em que um adolescente abusa sexualmente uma criança. Neste tipo de casos prevalece o factor da idade de consentimento que varia conforma a legislação de cada país. Por exemplo, no México é de apenas 12 anos; em Espanha já é de 13; e, por outro lado, no Reino Unido é de 16 anos. Em Portugal, tal como acontece no Brasil, Itália, Alemanha, Áustria e China, a idade de consentimento é de 14 anos. Isto significa que qualquer pessoa que pratique sexo com um menor de 14 anos de idade é punido por lei, mesmo que o acto sexual tenha sido consentido e não tenha envolvido violência.


Existem duas formas de abuso sexual de menores:
1. Com contacto físico - que engloba a violência sexual (forçar a relação sexual com recurso a ameaças verbais ou violência física) e a exploração sexual (pedir ou coagir uma criança ou jovem a participar em actos sexuais em troca de dinheiro ou outra forma de pagamento).

2. Sem contacto físico - que engloba o assédio (falar de sexo de forma exageradamente vulgar à frente de um menor), o exibicionismo (mostrar as partes sexuais com intenção erótica), o constrangimento (ficar a observar crianças e jovens com ou sem roupa de maneira intimidatória) e a pornografia infantil (tirar fotos ou filmar poses pornográficas ou de sexo explícito).

Há ainda o incesto que, sem dúvida alguma, é um dos piores (se não o pior!) tipo de abuso sexual de menores, podendo envolver contacto físico ou não. Não há dúvidas que o incesto tona o abuso sexual infantil muito mais difícil de ultrapassar, porque interrompe o sistema de suporte da criança - a família. Quando uma criança é abusada por um desconhecido, a família é capaz de a apoiar e dar a sensação de segurança. Mas, quando o abusador é um familiar, a palavra “família” perde todo o seu sentido e esta deixa de ser capaz de fornecer suporte ou uma sensação de protecção. Como as crianças têm muitas vezes recursos limitados fora da estrutura familiar torna-se difícil o “virar da página”, já que a sua confiança é destruída por uma das pessoas que deveria proteger e cuidar dela.

Uma violência sexual praticada contra uma criança ou adolescente pode repercutir-se em danos a vários níveis: físico, psicológico ou de comportamento. Embora de natureza diferente, são todas igualmente prejudiciais para a vítima e perduram durante muito tempo se esta não tiver nenhum tipo de aconselhamento. Vejamos então o seguinte vídeo alemão - "Dunkelziffer Tentacle"
- que mostra de que forma as marcas de um abuso sexual, ocorrido durante a infância, podem perdurar até ao final da vida.

sábado, 15 de maio de 2010

Pensamento da Semana

"Quem não nos permite chorar obriga-nos a isso"
Sêneca