sábado, 31 de outubro de 2009

Pensamento da Semana

Se os olhos são a janela da alma, a íris é o espelho do corpo...


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

O que é uma Violação Sexual?

Quando se fala em "abuso sexual" a primeira ideia que nos vem à cabeça é, provavelmente, a de "violação". Isto acontecerá em virtude da gravidade deste acto, o qual implica dor física e psicológica, mas também devido às representações que temos do conceito de abuso sexual, principalmente devidas às mensagens fortes e sensacionalistas frequentemente transmitidas pelos mass media, e às influências sociais das quais somos vítimas nos nossos contextos de vida.

Entende-se por violência sexual um acto ou jogo sexual, hetero ou homossexual, entre dois indivíduos ou mais, sendo eles o(s) violador(es) e a(s) vítima(s), tendo como finalidade a estimulação sexual da vítima e/ou a utilização da mesma para obter a estimulação sexual do violador. A violação sexual consiste então, numa situação de dominação na qual o violador impõe actividades sexuais à vítima. A intenção do processo de violação sexual é claramente, o prazer, directo ou indirecto, do(s) violador(es).

O caso de Violação que está a chocar a América


Uma jovem foi violada por um grupo durante duas horas e meia, perante uma assistência de pelo menos dez pessoas, que nada fizeram. A rapariga de 15 anos encontra-se ainda hospitalizada, em condição considerada "estável."

As autoridades acreditam que, pelo menos, uma dezena de pessoas assistiu à violação de uma rapariga de 15 anos, na sexta-feira, nas imediações do seu liceu, enquanto decorria uma festa. Para já, há apenas dois detidos, mas a polícia julga que outros cinco indivíduos participaram na violação, que terá decorrido ao longo de duas horas e meia, de acordo com a CNN.
Os dois suspeitos detidos têm 15 e 19 anos. A polícia vira-se agora para o Facebook e o YouTube, numa tentativa de encontrar pistas que possam conduzir aos outros participantes.
A vítima tinha acabado de abandonar a festa anual de boas-vindas aos alunos quando foi abordada por um colega, que a terá convidado para se juntar a um grupo que bebia, nas traseiras da escola.
A jovem estaria também embriagada e só foi encontrada um dia depois, inconsciente.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Testemunho de "Andreia"

Este é o testemunho da "ANDREIA" (nome fictício) que revela os abusos sexuais, que sofreu durante a sua infância, e de que forma conseguiu ultrapassá-los e redescobrir o "arco-íris" da sua vida:
"Quando eu era uma criança sofri de abuso sexual, e infelizmente isto afectou todos os aspectos da minha vida - emocional, relacional e espiritual. Sofri mais de trinta anos como vítima mental daquelas memórias: estava zangada com todos e não conseguia confiar em ninguém. Construía barreiras para evitar qualquer relacionamento de amor. A vergonha e a culpa acompanhavam-me sempre, e convenci-me que era eu própria que tinha encorajado os avanços dos abusadores. Pensava do meu próprio corpo como o meu inimigo; deste modo procurava vingar-me do meu corpo através de vícios, como o tabaco, o álcool, e o excesso de comida. Evitava que as pessoas se aproximassem de mim para que não descobrissem os meus segredos. Como alguns dos abusadores eram homens "respeitáveis" na Igreja, eu não conseguia confiar num Deus que parecia ficar indiferente ao meu sofrimento, e que parecia ter permitido que o abuso acontecesse. Por isso, rejeitei não só a Igreja mas também a própria fé. Silenciosamente sofri durante três décadas até que chegou o dia em que me apercebi que não conseguia carregar aquela dor sozinha - precisava de enfrentar o passado, lidar com feridas sofridas e aprender a viver no presente. Não queria perdoar os abusadores, pois não queria subestimar o significado dos seus crimes nem o castigo que eles mereciam. Uma pessoa que sexualmente abusa outra comete um pecado gravíssimo e, desta forma, justificava o meu desejo por justiça. No entanto, eu estava errada ao recusar perdoá-los e esquecê-los, e sabia que se assim não o fizesse a dor ficaria sempre comigo...”

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Porquê a escolha deste título?

A escolha do título para o nosso trabalho - "Quando os Olhos não Mentem" - à primeira vista, parece não se relacionar com nosso tema, as Violações Sexuais. Contudo, esta decisão surgiu de uma longa reflexão em que reconhecemos a delicadeza e o cuidado acrescido que um assunto tão sério como este merece. Além disso, e sabendo que os visitantes do nosso blogue poderão também eles ter sido vítimas deste tipo de crime, pensámos num título que transparecesse uma mensagem positiva. Por isso, "Quando os Olhos não Mentem" não serve unicamente para entitular este projecto mas sim, e principalmente, para perpetuar a ideia de que "a experiência não é o que nos acontece, mas sim o que fazemos com aquilo que nos acontece" (A. Huxley).

Como bem sabemos, uma violação sexual deixa marcas negativas na nossa história pessoal e personalidade, e infelizmente, a maior parte das vítimas deixa-se silenciar pelo violador quer seja por medo, vergonha ou chantagem. No entanto, é muitas vezes a partir do olhar que nos apercebemos de que algo de errado se passa com alguém muito próximo... A verdade é que os nossos olhos não escondem o que sentimos e é através deles que percebemos quando alguém está feliz, triste, assustado, revoltado ou neste caso, profundamente perturbado. O brilho perde-se e os olhos passam a deixar trespassar um notável vazio. Assim, um dos primeiros passos para denunciar este crime, é olhar directamente nos olhos dos que nos rodeiam e tentar descodificar "o pedido de socorro" que estes nos transmitem...

As cores do arco-íris também se relacionam com o tema, já que o arco-íris é um fenómeno maravilhoso e revelador da força da Natureza. Ou seja, mesmo após um episódio cinzento (chuvas ou tempestade) esta consegue fazer com que reapareça o que de mais belo tem dentro de si. Esta é a metáfora ideal para todos os que passaram por uma violação sexual... Após este traumatizante episódio temos que reunir as forças que existem dentro de nós e continuar a encarar a vida com a mesma beleza e alegria de antes! Não é um acontecimento negativo que vai determinar quem somos nem muito menos, quem seremos no futuro. O simples facto de termos passado por isso e de ser impossível apagar as cicatrizes interiores que foram causadas, não quer dizer que seja impossível atenuá-las e aprender a viver com elas. Há vários testemunhos que reforçam esta vitória, que não é fácil, mas que pode ser alcançada através de muita força de vontade, coragem e se nos convencermos que quanto maior é o caos, mais próximos estamos da sua solução!

Concluindo, a mensagem animadora que queremos que TODOS tenham presente é que "O caminho a seguir é aquele que nos permitir continuar a sorrir..."